sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

10 Anos

E os espelhos são crueis
Com quem não sabe viver
Mais um copo e eu prometo
Que te ensino como fazer doer menos

E tudo que prometeram pra te fazer feliz
Remédio pra coração partido
Um final feliz
Rezar pra pagar cartão de crédito
Nada vai ser como a gente quis

O mundo parecia tão seguro a 10 anos
Todo mundo parecia tão seguro aos 10 anos
Nós víamos desenhos nas nuvens
Porque somos tão cegos agora ?

Quanto menos sabemos mais felizes somos?
Ou sabíamos bem mais sobre tudo a uns anos atras?
A unica certeza de hoje é que castelos de areia
São mais fortes do que nos e nossas imposições

Tudo parecia tão claro quando tinhamos medo do escuro
O mundo parecia tão bonito visto por cima do muro
Nos víamos beleza em uma bola rolando
Por que agora somos tão cegos?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ensaio Sobre Separações em Geral (...ou O Drama)

Vai chegar de repente o dia
Que o celular vai estar desligado
Que a piada vai perder a graça
E a as pazes não viram depois das brigas

Vai sumir o rubor do rosto
Vai acabando o frio na espinha
O beijo vai perdendo o gosto
E ninguém te espera mais na esquina

Vai duvidar do ciúme que some de leve
E as conversar que antes varavam a noite
São raras e rápidas como uma surra bem dada

E um belo dia ela vai acordar
Ligar pra pessoa que amava noite passada
Para comunicar que ja não gosta mais

Que percebeu que quando olhava só uma folha
A beleza da árvore passava despercebida
Mas e se a pessoa fosse a árvore
A desculpa ia ser que queria ver era a floresta inteira

E não adianta argumentar com quem planeja
Antes de ligar já estava tudo muito ensaiado
Agora os passos da dança são só pra trás e pro lado
E assim vão, até se sentirem como estranhos

Você vai querer se matar, ou quase
Achar que te levou tudo,
ou pelo menos a tua metade

E então jurar que nunca vai gostar de alguém
E acha que simplesmente não querer gostar
Vai te livrar de sofrer mais algumas vezes.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A (Mu)Dança

Derrepente o círculo muda
E mudam todos os seus amigos
Que até tempo atrás eram os mesmos
Se tornaram passado, desinteressantes

Resolveu mudar, e mudou
E não tem mais graça nenhuma
Andar com quem você andava
Enjoou do simples , não é?

Isso está nos teus olhos
Que hoje só vejo por fotos
Como você mudou de lá pra cá
E isso te faz feliz, certo?

As fotos são produzidas
Por algum amigo fotógrafo, talvez
As roupas são de alguma amiga
Que estudante de moda

Nem mesmo as músicas são as mesmas
Lembra , faz uma força e lembra
E me diz , não era menos artificial?
Eu sei que sim, tenho certeza que sim!

Era sair a noite
Não era pra "posar" na noite
Ficar fazendo fita
Mas isso te deu amigos mais legais, certo?

E quando o fotógrafo deixar de ser moda
E quando moda deixar de ser fotografada
Você ainda vai estar lá?
Ou melhor, eles ainda vão estar?

Não aguentou o estrago
E ao entrar nesse mundo
Ele acabou te engolindo

Tudo pra você é mais lindo
Mas será mesmo sem os efeitos?
Ou a foto é mais importante
Que o sentimento da lembrança ?

Com esses novos amigos e lugares
Bebendo nada mais do que o fútil
E sufocando com novos ares!
Tudo vai acabar bem?
Quando acabar , vai sobrar alguém?

Relações de cartões de crédito
São mais frágeis que castelos de cartas
E não demora muito
Tua ventania vai chegar!

E vai cobrar dos amigos
Os antigos, a sinceridade
Que você faltou com eles
E com que razão?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Soneto de Dia Seguinte ( ou Ressaca)



Alcoolizar os sentimentos;
Esbravejar com bafo de alcool;
Fazer da mesa do bar, um palco;
E la encontrar nosso alento.

Nublar as mágoas em um trago;
Pode ser o passo seguinte.
Mas como num maço de cigarro;
Ainda me sobram mais vinte.

Ir conversar com meninas;
Se encantar ao poucos;
Por sorrisos e apelos.

Levantar mal no dia seguinte;
E ver toda a crueldade escondida;
No espelho da parede do banheiro.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dois Mil e Oito

Morro de saudade de Setembro
Recebi numa caixa um livro e uma carta
Uma coroa e uma foto da gente, assinada
Morro rindo da surpresa de Outubro!

Quase choro lembrando daquele ano
Só Deus sabe a sorte que eu dei
Viajei meio que no escuro,eu acho
Fui Sozinho, e sozinho não fiquei

Naquele ano conheci uma cidade
Naquele ano gostei de alguem
E Costumavamos "ficar pra sempre"

Mas como o tal "pra sempre" cismou de acabar
Só levo no peito ,alem das asas
Todo carinho que tenho (ainda) pela moça de lá !

terça-feira, 18 de maio de 2010

Estória de Dormir ( ...ou Irmãos)

Outro dia no meu quarto
Conheci alguem muito branco
Contando estrela no teto
Ele disse que se chamava Sonho

Sonho me levou pra fora
E vi um mundo menos nítido
Andando no pelo Jardim do Agora
Sonho me apresentou Delírio

Delírio , diferetemente de Sonho
Era bem colorido e muito risonho
Irradiava alegria e vontade de cantar

Talvez por Sonho ser filho do Sono
E seu irmão , o belo Delírio
Filho da traição da Morte com Despertar

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Soneto de Análise Fria

Amor é sentimento nobre
Por ele até se mata
E de forma insensata
Dele a gente morre

Apredemos que ele é pura sorte
E depois de analizar tudo friamente
Será mesmo ele sentimento tão nobre ?
Será que valem todas as nosas mortes ?!

Vale chorar por algo abstrato?
Vale morrer por uma coisa de acaso?
Vale carregar na alma toda essa dor?

Se nos dizem para amar
Até nossos inimigos
Será que vale tanto o tal do amor?