segunda-feira, 26 de abril de 2010

Selarón

Quando o céu escurece
Todo mundo se iguala
Na escadaria da Lapa
Todo medo desaparece

Tudo se alegra com cerveja
E a conversa com estranhos
Se arrasta por muitas horas
Jogando no vento saudades e sonhos


É a tão esperada Sexta a noite
E toda semana ela sempre chega
E a Lapa esta la,e sem pensar eu vou

Colocar meu chapéu preto
O Suéter que minha vó fez
E dançar o velho Roquenrrol

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Reflexo (ou...Sobre os temas que nos deram!)

Escritores de Rua;
Como não se vê mais;
Com pureza de puta;
Sem roupa, desnuda.

Desfaçam as construções;
Modernizem o classico;
Tratando os assuntos;
Como merecem ser tratados.

Tragédia com raiva;
E o tal do Amor ;
Com o desdém que merece!

Esqueçam as preces;
Não sabemos mais rezar;
Sabemos beber , destruir;

Beijar, fazer sexo, fumar.
Imoralmente sublime,
Subliminarizamos nos versos,
Tudo que nos agride!

Agredir visualmente todos;
Jogar a métrica no lixo;
Rimar quando for preciso;
Mas não rimamos por vício!

As palavras tem de ser duras;
Ja que a vida não amolece;
Escrevemos sobre drogas e violencia.

Isso é o que nos foi dado!
Nossa poezia é feia, como nosso tema!
Mas ainda é uma arte, de fato!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Soneto de Samba de Mim

Fiz um Samba em verso.
Pra eu cantar pra mim;
Fiz um Samba sim !
Pra dançar do avesso.

A letra me saiu do peito.
Como nos Sambas antigos.
Musica de qualquer jeito.
Cantar para meninas, amigos.

Me sambei trisite e alegre;
Um canto baixo e lindo ;
batucada forte e breve.

Samba do fundo do peito;
E do fundo do meu quintal;
Eu sambo, de qualquer jeito!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Dia Líquido

Choveu mais de um dia.
As de março, se atrasaram;
Mas, em Abril chegaram.
Choveu mais que podia.

O dia ficou sombrio;
A Lagoa virou mar;
O Rio se afogava;
E a rua virou rio.

Caos de lama e lixo;
Bicho salvo como gente ;
Gente sofrendo como bicho.

Rolavam pedras e casas;
No dia mais liquido.
O Céu fez um Rio de lágrimas!

(Homenagem a todos os Cariocas e Fluminenses )


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Soneto de Duvida ( ou Pergunta)

Se uma ultima pergunta;
Fosse feita no teu ultimo momento?
Uma pergunta complexa;
Daquelas que rodeia o pensamento.

Uma pergunta que,de tão complicada,
Parece fácil de decidir .
Provavelmente te fará rir;
Mas garanto, de facil não tem nada.

Me responde com certeza;
E pense com calma ,clareza;
O que escolheria ao morrer?

Levar para o teu jardim
A flor que sempre amou?
Ou a que sempre amou você ?