quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ensaio Sobre Separações em Geral (...ou O Drama)

Vai chegar de repente o dia
Que o celular vai estar desligado
Que a piada vai perder a graça
E a as pazes não viram depois das brigas

Vai sumir o rubor do rosto
Vai acabando o frio na espinha
O beijo vai perdendo o gosto
E ninguém te espera mais na esquina

Vai duvidar do ciúme que some de leve
E as conversar que antes varavam a noite
São raras e rápidas como uma surra bem dada

E um belo dia ela vai acordar
Ligar pra pessoa que amava noite passada
Para comunicar que ja não gosta mais

Que percebeu que quando olhava só uma folha
A beleza da árvore passava despercebida
Mas e se a pessoa fosse a árvore
A desculpa ia ser que queria ver era a floresta inteira

E não adianta argumentar com quem planeja
Antes de ligar já estava tudo muito ensaiado
Agora os passos da dança são só pra trás e pro lado
E assim vão, até se sentirem como estranhos

Você vai querer se matar, ou quase
Achar que te levou tudo,
ou pelo menos a tua metade

E então jurar que nunca vai gostar de alguém
E acha que simplesmente não querer gostar
Vai te livrar de sofrer mais algumas vezes.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A (Mu)Dança

Derrepente o círculo muda
E mudam todos os seus amigos
Que até tempo atrás eram os mesmos
Se tornaram passado, desinteressantes

Resolveu mudar, e mudou
E não tem mais graça nenhuma
Andar com quem você andava
Enjoou do simples , não é?

Isso está nos teus olhos
Que hoje só vejo por fotos
Como você mudou de lá pra cá
E isso te faz feliz, certo?

As fotos são produzidas
Por algum amigo fotógrafo, talvez
As roupas são de alguma amiga
Que estudante de moda

Nem mesmo as músicas são as mesmas
Lembra , faz uma força e lembra
E me diz , não era menos artificial?
Eu sei que sim, tenho certeza que sim!

Era sair a noite
Não era pra "posar" na noite
Ficar fazendo fita
Mas isso te deu amigos mais legais, certo?

E quando o fotógrafo deixar de ser moda
E quando moda deixar de ser fotografada
Você ainda vai estar lá?
Ou melhor, eles ainda vão estar?

Não aguentou o estrago
E ao entrar nesse mundo
Ele acabou te engolindo

Tudo pra você é mais lindo
Mas será mesmo sem os efeitos?
Ou a foto é mais importante
Que o sentimento da lembrança ?

Com esses novos amigos e lugares
Bebendo nada mais do que o fútil
E sufocando com novos ares!
Tudo vai acabar bem?
Quando acabar , vai sobrar alguém?

Relações de cartões de crédito
São mais frágeis que castelos de cartas
E não demora muito
Tua ventania vai chegar!

E vai cobrar dos amigos
Os antigos, a sinceridade
Que você faltou com eles
E com que razão?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Soneto de Dia Seguinte ( ou Ressaca)



Alcoolizar os sentimentos;
Esbravejar com bafo de alcool;
Fazer da mesa do bar, um palco;
E la encontrar nosso alento.

Nublar as mágoas em um trago;
Pode ser o passo seguinte.
Mas como num maço de cigarro;
Ainda me sobram mais vinte.

Ir conversar com meninas;
Se encantar ao poucos;
Por sorrisos e apelos.

Levantar mal no dia seguinte;
E ver toda a crueldade escondida;
No espelho da parede do banheiro.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dois Mil e Oito

Morro de saudade de Setembro
Recebi numa caixa um livro e uma carta
Uma coroa e uma foto da gente, assinada
Morro rindo da surpresa de Outubro!

Quase choro lembrando daquele ano
Só Deus sabe a sorte que eu dei
Viajei meio que no escuro,eu acho
Fui Sozinho, e sozinho não fiquei

Naquele ano conheci uma cidade
Naquele ano gostei de alguem
E Costumavamos "ficar pra sempre"

Mas como o tal "pra sempre" cismou de acabar
Só levo no peito ,alem das asas
Todo carinho que tenho (ainda) pela moça de lá !

terça-feira, 18 de maio de 2010

Estória de Dormir ( ...ou Irmãos)

Outro dia no meu quarto
Conheci alguem muito branco
Contando estrela no teto
Ele disse que se chamava Sonho

Sonho me levou pra fora
E vi um mundo menos nítido
Andando no pelo Jardim do Agora
Sonho me apresentou Delírio

Delírio , diferetemente de Sonho
Era bem colorido e muito risonho
Irradiava alegria e vontade de cantar

Talvez por Sonho ser filho do Sono
E seu irmão , o belo Delírio
Filho da traição da Morte com Despertar

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Soneto de Análise Fria

Amor é sentimento nobre
Por ele até se mata
E de forma insensata
Dele a gente morre

Apredemos que ele é pura sorte
E depois de analizar tudo friamente
Será mesmo ele sentimento tão nobre ?
Será que valem todas as nosas mortes ?!

Vale chorar por algo abstrato?
Vale morrer por uma coisa de acaso?
Vale carregar na alma toda essa dor?

Se nos dizem para amar
Até nossos inimigos
Será que vale tanto o tal do amor?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Viver (...ou Bola)

Acordei pra vida
Corri pro trabalho
Arrumei com pressa
Esqueci o horário

Não vejo mais árvore
Não reparo as pessoas
O relogio só castiga
E o tempo mais que voa !

De hoje em diante parei
Vou festejar mais sorrisos
Viver como na escola

Cansei de corre pra vida
Vou pegar o meu chinelo
E vou pra rua jogar bola !

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Selarón

Quando o céu escurece
Todo mundo se iguala
Na escadaria da Lapa
Todo medo desaparece

Tudo se alegra com cerveja
E a conversa com estranhos
Se arrasta por muitas horas
Jogando no vento saudades e sonhos


É a tão esperada Sexta a noite
E toda semana ela sempre chega
E a Lapa esta la,e sem pensar eu vou

Colocar meu chapéu preto
O Suéter que minha vó fez
E dançar o velho Roquenrrol

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Reflexo (ou...Sobre os temas que nos deram!)

Escritores de Rua;
Como não se vê mais;
Com pureza de puta;
Sem roupa, desnuda.

Desfaçam as construções;
Modernizem o classico;
Tratando os assuntos;
Como merecem ser tratados.

Tragédia com raiva;
E o tal do Amor ;
Com o desdém que merece!

Esqueçam as preces;
Não sabemos mais rezar;
Sabemos beber , destruir;

Beijar, fazer sexo, fumar.
Imoralmente sublime,
Subliminarizamos nos versos,
Tudo que nos agride!

Agredir visualmente todos;
Jogar a métrica no lixo;
Rimar quando for preciso;
Mas não rimamos por vício!

As palavras tem de ser duras;
Ja que a vida não amolece;
Escrevemos sobre drogas e violencia.

Isso é o que nos foi dado!
Nossa poezia é feia, como nosso tema!
Mas ainda é uma arte, de fato!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Soneto de Samba de Mim

Fiz um Samba em verso.
Pra eu cantar pra mim;
Fiz um Samba sim !
Pra dançar do avesso.

A letra me saiu do peito.
Como nos Sambas antigos.
Musica de qualquer jeito.
Cantar para meninas, amigos.

Me sambei trisite e alegre;
Um canto baixo e lindo ;
batucada forte e breve.

Samba do fundo do peito;
E do fundo do meu quintal;
Eu sambo, de qualquer jeito!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Dia Líquido

Choveu mais de um dia.
As de março, se atrasaram;
Mas, em Abril chegaram.
Choveu mais que podia.

O dia ficou sombrio;
A Lagoa virou mar;
O Rio se afogava;
E a rua virou rio.

Caos de lama e lixo;
Bicho salvo como gente ;
Gente sofrendo como bicho.

Rolavam pedras e casas;
No dia mais liquido.
O Céu fez um Rio de lágrimas!

(Homenagem a todos os Cariocas e Fluminenses )


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Soneto de Duvida ( ou Pergunta)

Se uma ultima pergunta;
Fosse feita no teu ultimo momento?
Uma pergunta complexa;
Daquelas que rodeia o pensamento.

Uma pergunta que,de tão complicada,
Parece fácil de decidir .
Provavelmente te fará rir;
Mas garanto, de facil não tem nada.

Me responde com certeza;
E pense com calma ,clareza;
O que escolheria ao morrer?

Levar para o teu jardim
A flor que sempre amou?
Ou a que sempre amou você ?

domingo, 28 de março de 2010

Gramatica Pessoal

Analizar cada sujeito
Exige uma coerência
Contaremos os predicados
Ou isso não tem importancia?

Seriam todos como verbos?
Olha que interessante
Transitivos e oscilantes
Somos diretos e indiretos

Sitaxe de ideias
Trejeitos , pluralidade
Mutação que nos define

Afinal, qual a função do Adjetivo
Se não nos destacar e deixar claro
Que nenhum Sujeito é tão Simples ?

quinta-feira, 25 de março de 2010

Soneto de Janela à Direita ( ou a 4 Mãos)

Simples como um mundo cada vez mais rapido;
Rapidas palavras jogadas na janela;
Uma janela dentro da tela num canto do quarto;
Da janela se ve alguem que te distrai ou talvez te completa.

Se encantar por letras, palvras;
Associar as palavras ,a imagem,a uma voz;
Contar pr'o desconhecido, o que não se diz na calçada;
Confiar numa pessoa oque não confiamos nem à nos.

Entreter-se logo de inicio;
contar segredos;
Assassinar o Portugues por vício.

E talvez , como de costume
Dependência à primeira palvra,
Sem nem conhecer o perfume.

terça-feira, 23 de março de 2010

Admirável Asa Nova

Sempre admirei a beleza
Dos pássaros e genios
Que com asas ou pensamentos
Voaram com destreza

Admiro Icaro pela audácia
Em plena era dos Deuses
Com corágem e loucura
Voou com asas de cera e pena

Benditos os que voaram pra fora de casa
Sortudos os anjos, nascem com asas
Vêem o céu de perto inumeras vezes

Morro de inveja
Não por não ter asas(até as tenho)
Mas, por não voar como Eles

segunda-feira, 22 de março de 2010

Soneto de Objetivos (ou Desejo Meu )

Idealizar o futuro
Não repetir o passado
Lançar ideias no mundo
Abraçar o abraço dado

Escutar o que convém
Não ligar para conselhos
Destroçar espelhos
E ver um poco mais além

Correr sem pressa de chegar
Andar descalço na rua
Sentar , refletir ,ver o Mar

Encara maldade com desdém
E o mais importante de tudo
Não fazer (muito) mal a ningúem

sábado, 20 de março de 2010

Soneto de Silêncio

O Silêncio tem valor;
Basta parar e pensar;
O quanto ja te salvou;
Quando preferiu te calar.

Calar é coisa boa;
E um dia entenda;
Que calar a boca;
Uma vez ,te salva.

Vi que falar só complica;
As vezes toca em ferida;
E traz passado de volta.

Prefiro falar o restrito;
E para dizer o que sinto;
Prefiro um Bloco de Notas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Soneto de Casa da Alma

Mãe, desculpa dizer agora
Mas tenho medo de seguir
E como ja estou em casa
Vou mesmo dormir por aqui

A Noite me pegou de jeito
E no estado que estou
Prefiro reparar no peito
O pouco que me sobrou

Não te preocupa comigo
Dorme, que estou tranquilo
Me sinto querido com a Lua

Não chora Mãe, a culpa não é tua
Tua casa , é casa do meu corpo
Mas a casa da minha alma, é a Rua

quinta-feira, 18 de março de 2010

Soneto de Baile ( ou Tangos e Tragédias)

Dançar no baile
Correr o risco
Pisar em falso
Por ti, vale

Levar nos braços
Sentir a musica
Beijar a Musa
Errar os passos

Acender cigarro
dividir o trago
Abusar do afago

Cruzar nossas pernas
Dançar alguns Tangos
Sofrer algumas Tragédias

terça-feira, 16 de março de 2010

Soneto de Vista

Vi além;
Deixei a fim;
de ver quem;
Se viu e mim.

Passa aqui;
Olha devagar;
Repara no erro;
Volta a andar.

Meia volta se da;
Muitas voltas se dão;
Admirar é de graça.

Mas ve se te renova;
Paixão é coisa que dá;
E tambem coisa que passa.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Soneto de Orgulho ( ou Defesa)


Trago no peito um orgulho;
Que me causa problema;
E trago nesse chato poema;
Um jeito de explicar tudo.

Não perdoar, é mesquinho;
Mas , pior seria chorar;
E por isso prefiro ficar;
Com meu orgulho, e sozinho.

Dizem que é impossivel;
Viver só, e sorrindo;
Mas não ligo, acostumei.

Nunca fui bom de perdão;
Vivo só com meu defeito;
E por quanto tempo, não sei.

domingo, 14 de março de 2010

Soneto de Vida (ou, sem Métrica)

Do começo, vi o mundo ali
Parado, olhando pra mim
Quando pude , cai nele
Conefesso que não resisti

No inicio,infância, aprendi a correr
No meio,juventude aprendi a pensar
Frutos de opções, hei de aguentar
Não me arrependo por viver

Existir, requer habilidade e calma
Cuido nessa ordem , cabeça e alma
Não penso em medo, choro , e por fim

Sei que chorei por não ouvir conselhos
Das pessoas, acabei ignorando apelos
Mas, se não eu , quem vai viver por mim?

sábado, 13 de março de 2010

Soneto de Autocrítica

Quando menor,era perfeito;
Hoje,de tanto sentir, calei;
Enjoei de saber tudo que sei;
Grito com as mão, quieto.

No meio, algum alicerce torto;
É o que não me deixa entender;
A causa que me da coisa ao ver;
Que sou nada mais que um bobo.

Escrevo mal, mas penso;
Me penso mal, mas sinto;
Eu não sei me descrever.

Me escrevo com prazer;
Me desenho com palavras;
Mas não consigo me ler.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Da Janela pra fora.

Venham todos à tarde magica
Colocar em dia os devaneios
Tragam suas asas coloridas
Pra dançar no céu de espelhos

Das nuvens chovem fadas
Beijem lábios multicores
Malabarizando suas dores
Os palhaço dão gargalhadas

Não se percam antes da hora
Ou vão querer logo agora
Perder a Magica dessa tarde?


Caleidoscópio de insanidade
Felicidade em larga escala
O Doceiro chegou na Cidade!

terça-feira, 9 de março de 2010

Soneto de Anjos( de Rua)

Vou pra rua pra ficar em casa
A porta que me remete liberdade
Eu aos 13 ja carregava a chave
E está disfarçada de porta da sala

Sempre me perdi pra achar a calma
Nasci pra libertinagem da esquina
Ficar entre pernas e beijos de meninas
A a noite é amiga, satisfaz a alma

Amizade de infancia com qualquer um
Abraçar a todos, sem criterio nenhum
Sabios são os anjos sentados na calçada

Como se fossem meus velhos conhecidos
me olham nos olho e dizem -" Amigo..."
"Tu é só estagiario dessa vida barata"

segunda-feira, 8 de março de 2010

7.

Sete cores, arco íris,
Sete dias, a semana,
Sete dias, o mundo,
Sete na Geometria,
Perfeição,
Triângulo sobre quadrado,
Sete , notas musicais,
Sete, são as Maravilhas,
Setenta e Sete, nasceu o Punk,
Sete, os pecados,
Dia Sete, Independência,
Dia 16, 1+6 = 7, Nascimento,
Sete Sábios na Grécia antiga,
O sétimo texto do mes, tem 14(7/2) linhas.

domingo, 7 de março de 2010

Ode as Palavras

Traço que liberta;
E abre a janela;
Rabisco que faço sem ritmo;
D'alma me és a lingua;
Dos braços a tranformadora;
Faz um homem ter asas;
Cala o som das dores;
Me traz de volta a casa.

Afasta realidade;
Materializa a saudade;
Guarda raros momentos;
Secreta pensamentos;
Disolve desilisões;
Ferve e abranda o coração;
Faz do ócio viagem;
E do tédio imaginação.

Faz de meninos guerreiros;
Tranforma mendigos em reis;
Em instantes me faz imaginar;
Levantando muralhas;
Ou derrubando leis;
Palavras libertam, tiram medo;
Palavras me aliviam, me dão socego.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Soneto à Boemia.

Sair pra queimar sonhos;
Fazer da noite uma amiga;
Da Lua não sou estranho;
Fui procurar Bar na esquina.

Sorri pra fechar ferida;
Joguei pra testar a sorte;
Embriaguei pensando na vida;
Dancei pra esquecer a Morte.

Faço do Samba, Canção;
Faço do Rock, Poesia;
Faço da Saudade, Presença;

Faço das tripas, Coração.
Do choro, Brincadeira;
E de cada noite, uma Sentença.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Soneto à Moça (que não passa.)

Aguar é desmanchar a força;
Chegar e não ver-te, mágoa;
Chorar é verter água;
E agora o que faço, Moça ?

Da janela vejo passar;
O passear da Moça;
Que anda sem se apressar;
Caregando seu balanço na bolsa.

Fito o olhar no teu espaço;
Nossa pele há de combinar;
Sei pela melodia do teu passo.

Deliro em pensar num abraço;
Oque me diz então , Moça,
de firgir ser-mos laço ?


terça-feira, 2 de março de 2010

Só para loucos, Só para Raros !



Todo organismo critico culturalizado,
é capaz de se repensar tematicamente
e surpreender de forma agradavel ou não,
aqueles que esperam sempre a mesma coisa das mesmas pessoas.
Isso soa como uma regra , soa estranho, complicado
parece paragrafo de alguma teoria de conspiração fajuta, mas, na verdade é que é algo tão simples ,
e deveria ser tão comum, que acabou sendo esquecido.
As pessoas com capacidade de se repensar , rever os proprios conceitos, abrir a mente ,
São pessoas Raras, de pensamentos raros, atitudes raras, e esses raros estão sumindo.
E isso é urgente meus caros, repito, os raros estão sumindo, se massificando , se perdendo, e o pior ,
perdendo a caracteristica mais importante de um ser vivo,
e que nesses casos de pessoas raras são mais evidentes ainda.
Estão perdendo a individualidade , a personalidade.
Raros, faço um apelo do fundo do meu coração.
Abram suas cabeças , percebam o mundo , mudem-se constantemente ,
mudem o mundo e não se moldem a ele, surpreendam a todos e a si mesmo.
Vivam a Luz da Lua e não a de velas
Vivam por Estrelas e não por moedas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Soneto do 404


A segunda porta a direita do 404
É um misterio futurista as vezes lisérgico
Mais conhecido como meu quarto
É as vezes picadeiro e as vezes monastério

No meu teto ja vi o céu em garrafas
Ja vi palhaços de luto
No meu chão ja vi estrelas em latas
E da janela vi o Escuro do Mundo

Ja briguei com Gigantes
Ja joguei gaivota na Lua
Ja me embriaguei de refrigerante

Ja ouvi minha mãe gritando
Muitas vezes dormi sorrindo
E tantas outras acordei chorando

Canteiro

Olho pro lado e vejo um padrão de todo mundo
igual as Rosas do canteiro;
A anos plantadas em linhas
sendo regadas à vontade do Jardineiro que preza pela simetria;

Cuidar Rosas em canteiro é mesmo que um canário na gaiola
é inutilizar as asas, por uma beleza triste
bela como o canto , trsite como a prisão

Prender Rosas no canteiro, é guadar a beleza natural
E anular até a maldade dos poucos espinhos
Que com cuidado a Natureza colocou nelas

Guardar para observar a hora que bem entender
Talvez seja uma boa desculpa para a prisão,
Fazemos isso o tempo todo, seja com as Rosas , os Canários ou a Pessoas.

É uma maneira egoista de guardar a beleza carateristica e individual de qualquer ser
É não querer a emoção, alegria ou decepção da surpresa
É gostar de se iludir,
É ter prazer em se enganar pensando que toda beleza de tudo, é válida pra vida inteira.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mil Paginas!

"Não tenho a coragem de Quatermain
Não sei metade do que sabe Nemo
Não sou "Raro" como Harry Haller
Nem tão doce quanto o Principe
Não Sirvo pra Quixote
muito menos Sancho
Não tenho o senso critico , pra pensar na vida como faz Holden Caulfield
quando volta da escola , no topo de seus 16 anos
Pra Hamlet só me falta um crânio
Estou mais pra Aureliano do que pra José Arcadio
Consigo ficar, incrivelmente, no meio termo
entre Dr. Jekyll e Mr. Hyde
De Tanto correr atras do Coelho
Estou prester a brigar com o tempo, como fez o Chapeleiro, e parar meu relógio nas 6
E Tenho tanto medo de envelhecer quanto Dorian Gray ..."


Texto postado originalmente no meu fotolog : Samethink